Por Junior Almeida
Antônia Belarmino da Silva Galindo
nasceu no Sítio Divisão, atual município de Jupi, Pernambuco, numa terça-feira
17 de março de 1931, dia de São Patrício Bispo, Apóstolo da Irlanda. Na época
que a menina veio ao mundo, a localidade pertencia ao município de Canhotinho,
sendo que em 11 de setembro daquele mesmo ano, passaria a pertencer ao recém
emancipado município de Angelim. Em 28 de abril de 1950, a jovem Antônia, então
com 19 anos, casou com Miguel Torres Galindo, com quem viveu por quase 50 anos,
até sua viagem derradeira. O enlace matrimonial ocorreu na residência dos seus
pais, no Sítio Divisão.
Na década de 1960, Dona Antônia veio,
junto com seu esposo, morar no Povoado Alegre, pertencente a Capoeiras. Na
época, existiam poucos moradores no lugarejo e, foi então, que seu esposo
comprou alguns terrenos e fez doações para que as pessoas construíssem suas
casas.
Dona Antônia, juntamente com Dona
Irene, sua vizinha de mais de meio século, começaram a zelar a capela de Nossa
Senhora Aparecida. Em 1972 teve a primeira festa da Padroeira, festas essas
cheias de demonstração de fé e devoção, com a participação em massa do povo da
região, pois nessa época só havia, nas proximidades, a igreja do Alegre.
Antônia Belarmino foi a primeira
professora do Alegre e os desfiles cívicos organizados por ela e seus alunos
até hoje estão na memória dos que participaram. Pode-se dizer que encantaram
gerações.
No início da década de setenta Dona
Antônia entrou na política, sendo eleita a primeira vereadora do município de
Capoeiras, com mandato de 1970 a 1973. Foi uma das primeiras mulheres a
ingressar na política no Agreste Meridional. Durante o seu tempo como
parlamentar, pensando no progresso do lugar em que vivia, fez a doação dos
terrenos para que fossem construídos o posto de saúde local e a Escola
Presidente Castelo Branco.
Mulher honrada, de muita firmeza na fé
e de coragem ímpar, que dedicou seus 90 anos de vida à sua família, religião e à
educação, contribuído com a História do seu amado Alegre.
Dona Antônia, ainda nos dias atuais, continua
atuante em vários setores. Na Igreja, por exemplo, atualmente é Ministra
Extraordinária da Eucaristia. É uma mulher respeitada em sua comunidade, figura
simpática e popular, que costuma ser chamada pelas pessoas do lugar de “Vó
Tonha” ou de “Mãe Tonha”, devido ao respeito que impõe.
Dona Antônia tem cinco filhos, Maria
Aparecida (Cida), Margarida (Marly), Marinere (Nery), José Adilson (Negão) e
Edmilson, além de 21 netos, 27 bisnetos e 4 trinetos, tudo gente de bem, que
orgulha não só a sua família, mas todos do Povoado alegre e nossa Capoeiras.
Que ela continue sendo agraciada por Deus e pela Virgem Aparecida, Padroeira do
lugar onde ela vive, por todos os seus carismas e pela sua família. A ela todo
nosso afeto e gratidão. Parabéns Dona Antônia!
*Foto de Dona Antônia da galeria dos ex-vereadores da Câmara de Capoeiras.
**Crédito Blog Capoeiras.
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