A pandemia de Covid-19 tem indicado transformações profundas em diversos setores da sociedade. O impacto do momento atual para o futuro da cultura no Brasil é o tema do encontro virtual organizado pela Secult-PE e exibido nesta terça (27), às 19h, no YouTube. “O Futuro é Agora: dados e perspectivas para o setor cultural” terá acesso gratuito e vai reunir nomes importantes do setor para debater possíveis caminhos e cenários para superar a atual crise e a retomada de produção, no período pós-pandêmico.
A mediação será de Tarciana Portella, assessora para cooperação e redes da Secult-PE. Os convidados são Jader Rosa, gerente do Observatório Itaú Cultural; Carla Valença, diretora da Relicário Produções Culturais; e André Lira, consultor de negócios e inovação nos setores criativos.
Estamos, de forma amplamente reconhecida, em uma grande crise. Quem trabalha no setor cultural, em sua maioria, ficou atordoado, sem meios para o próprio sustento. Daí veio a Lei Aldir Blanc, uma conquista, que ao aportar R$ 3 bilhões no apoio aos agentes da área, trouxe um certo alívio. No entanto, em paralelo, a digitalização acelerada trouxe novas possibilidades e desafios. E muitos estão se reinventando, buscando novos modelos de negócios e de sustentabilidade, além de criarem novas estéticas adequadas à atual realidade, avalia a mediadora do bate-papo.
Para Carla Valença, que trabalha há 33 anos no segmento, o coronavírus impactou nos projetos. Disse ela:
Há desafios e possibilidades que estão por vir. Acho importante enfrentar a realidade dos fatos, mas também encontrar caminhos criativos de como se reinventar. A participação do Estado é de grande relevância para a superação do desmonte das atividades culturais no Brasil a partir da pandemia. É importante dar suporte ao que já está potencialmente vivo, mas que ficou fragilizado.
Jader Rosa vai enriquecer o debate com dados. Para começar, vai apresentar brevemente uma pesquisa realizada em parceria com o Instituto Datafolha sobre a pandemia, os hábitos culturais e a reabertura das atividades presenciais. “Vai nos ajudar a entender o comportamento das pessoas em relação ao consumo de arte e cultura e como isso se desdobrou no ambiente digital”, explica.
Em seguida, ele trará dados referentes a perdas de postos de trabalho no quarto trimestre de 2020 e no mesmo período em 2019, para comparar o impacto. Para finalizar, apresenta um gráfico espelhando os números da economia criativa com o mercado como um todo. “Isso vai servir de introdução para começarmos os debates e pensar nessa perspectiva cultural no futuro pós pandemia”, afirma.
André Lira também vai contribuir para a conversa com informações. Ele apresenta a pesquisa Percepções dos Impactos da Convid-19 nos Setores Cultural e Criativo no Brasil, trazendo perfis, impactos na receita, perspectiva de futuro e uso dos auxílios oferecidos.
Vamos abordar o propósito da pesquisa e sua metodologia, além de destacar os principais pontos sobre a percepção dos respondentes sobre o impacto na pandemia nas suas atividades, ora como trabalhadores, ora como organizações, no cenário nacional e pernambucano, adiantou.
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