Por Junior Almeida
O preço do queijo de coalho na mais que centenária feira livre de Capoeiras funciona como uma espécie de termômetro, ditando se a feira é boa ou ruim, financeiramente falando. Quando o pequeno produtor vende seu produto mais caro, sobra um dinheirinho para fazer uma feira maior, pagar o fiado do armazém de ração e até comprar algo considerado supérfluo.
Hoje, dia 8, na primeira feira do ano, o preço do queijo de coalho despencou, sendo vendido pelos produtores abaixo dos dez reais e, em alguns casos, até por cinco reais, nos produtos de menor qualidade.
A explicação para queda no preço do produto no dia de hoje, segundo comerciantes do ramo, os chamados “queijeiros”, é simplesmente a lei da oferta e da procura, pois hoje faltaram muitos negociantes, fazendo com que tivesse muito queijo para ser vendido e poucos compradores.
Ouvimos hoje um produtor, a lamentar sua luta sacrificada no ramo do queijo, pois, segundo ele, antes do início da pandemia (março de 2020), comprava um saco de farelo de soja por 85 reais, hoje tá por 150, farelo de algodão que era 50 reais, atualmente está por 90, de milho era 35 reais, custa agora 60 e, o de trigo, que custava 20, hoje é vendido nos armazéns por 45 reais, mais que o dobro do preço de antes. Ainda, segundo o agricultor que ouvimos, o preço do queijo era maior do que os praticados hoje, então, como destaca, é trabalhar apenas para tentar pagar ao armazém de ração.
*Foto meramente ilustrativa da internet.
Legal saber dessas particularidades da região de Garanhuns
ResponderExcluir