PROFESSOR DE CAETÉS ESTUDA O IMPACTO AMBIENTAL DOS PARQUES EÓLICOS EM ANIMAIS DA CAATINGA E É APROVADO EM DOUTORADO DA UFAL

 

Por Junior Almeida

Rogério Ferreira de Oliveira (foto) tem 36 anos de idade. É filho de agricultores de Caetés. Nasceu e cresceu no Sitio Quati, zona rural daquele município. Sempre estudou em escola pública, e como a maioria dos estudantes das escolas rurais do Nordeste, enfrentou muitas adversidades, só lembrando de uma, o famoso transporte pau de arara.

 

Vencendo as etapas dos ensinos fundamental e médio, em 2007 ingressou na UPE - Universidade de Pernambuco – onde se formou biólogo. Formado, atuou como professor no ensino fundamental de Caetés durante 10 anos. Foi co-fundador, no ano de 2012, do grupo interdisciplinar de estudos vale São José, juntamente com outros agroecologistas, biólogos, geógrafos, historiadores e estudantes do ensino fundamental e médio do município.

 

Posteriormente, em 2015, fez especialização em Gestão Ambiental, também pela Universidade de Pernambuco, quando utilizou anuros (sapos, rãs e pererecas), como bioindicadores da qualidade ambiental em áreas de caatinga no município de Caetés. Recentemente, em 2020, se tornou mestre em Ecologia, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

 

Durante seu mestrado investigou os impactos do ruídos dos parques eólicos situados em Caetés, sobre o coaxo de espécies de anuros presentes naquela região. Em julho de 2021, teve seu projeto de doutorado aprovado no Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos – DIBICT, da Universidade Federal de Alagoas, no qual aprofundará a investigação dos efeitos negativos do ruído de parques eólicos sobre anuros e outros animais.

 

Também em julho desse ano, publicou um artigo na conceituada Revista Plos One, com a descrição de uma nova espécie de perereca da região metropolitana do Recife.